CELEBRAÇÃO
DAS SETE DORES DE MARIA
INTRODUÇÃO
D- De
um modo geral, todos nós cristãos temos uma grande devoção a Nossa Senhora.
Basta lembrar as romarias aos santuários, a oração do terço, as novenas e
tantas outras formas que temos para demonstrar a ela o nosso amor. É com este
amor que hoje nos reunimos com Maria, mãe de Jesus, para rezar e refletir sobre
as suas dores e as nossas dores. Neste encontro, queremos manifestar a nossa
solidariedade a Nossa Senhora e também pedir a ela que nos dê a sua benção e a
sua proteção.
1º
DOR – A PROFECIA DE SIMEÃO (Lc 2, 28-35)
D-
Quando José e Maria levaram o menino Jesus para apresentá-lo ao Senhor, o velho
Simeão o recebeu nos braços e louvou a Deus dizendo:
T-
“Agora
Senhor, já posso morrer em paz, pois os meus olhos viram a tua salvação”!
D-
Depois
de abençoá-los, Simeão disse:
T-
“Esta
criança foi escolhida por Deus, tanto para a queda como para a salvação de
muita gente”.
D-
Simeão
sabe que a missão de Jesus não será fácil. Ele que sabe Maria irá acompanhá-lo
de perto e irá sofrer com Ele, por isso Simeão disse:
T-
“E
a dor, como uma espada afiada, transpassará o seu coração”.
Acende a 1º vela
L- Maria ao
levar seu filho para ser apresentado ao Senhor no templo, recebe de Simeão
estas palavras que lhe trazem imensa dor, mas Maria permaneceu fiel em sua
missão de criar e educar aquele que veio ao mundo para dar sua vida em favor de
muitos.
D-
Que
Maria, mãe de Deus e nossa mãe, conceda-nos a força necessária para superar os
obstáculos enfrentados e alcançarmos a real possibilidade da saúde se
difundindo sobre a terra.
CANTO:
Bendita sejais, Senhora das Dores!
Ouvi nossos rogos, Mãe dos pecadores! (bis)
·
Ave
Maria
2º
DOR – A FUGA PARA O EGITO (Mt 2,13-14)
D-
Depois
que os reis magos voltam para casa, um anjo do Senhor apareceu a José, num
sonho, e disse:
T-
“Levanta-se
pegue a criança e sua mãe e fuja para o Egito”.
D-
Naquela
mesma noite, Maria tomou o menino Jesus nos braços e seguiu com José rumo ao
Egito.
T-
Eles
ajuntaram as poucas coisas que tinham e seguiram para uma terra estranha e
distante.
Acende a 2º vela e o Canto
L-
Maria não teve opção diante desta revelação do anjo
a José. Simplesmente como toda mãe que busca defender seu filho de todos os
perigos, Maria foge. Esta segunda dor de Maria traz
para nós a reflexão sobre as inúmeras mães que sofrem por ver seus filhos perseguidos.
Perseguições das mais variadas possíveis, desde o ventre materno até a vida
adulta.
Reflitamos
sobre as dificuldades encontradas por muitas mães para trazerem seus filhos à
vida. Como esta a situação do atendimento e acompanhamento médico às gestantes
em nosso país? Assim como em outras áreas do sistema público de saúde, tem
muita coisa a melhorar. A taxa de mortalidade infantil ainda é considerada alta
e infelizmente, por falta de tratamento adequado à gestante, muitas crianças
nem chegam a nascer. Partir para onde for possível, para onde tenha auxilio
médico que possa suprir as necessidades do filho amado. Não restam dúvidas que,
assim como Nossa Senhora, toda mãe é capaz de sair rumo a locais longínquos
para garantir a vida do filho a qualquer custo.
D-
Rezemos,
para que a saúde
se difunda sobre a terra, é o clamor do povo sofrido. Maria, mãe de Deus,
Senhora das Dores, rogai por todas as mães para que possam ter acesso a
recursos médicos para seus filhos com mais facilidade.
·
Ave
Maria
3º
DOR – PERDA DO MENINO JESUS (Lc 2, 41-48)
D-
Quando
Jesus completou doze anos, Ele foi com Maria e José numa romaria a Jerusalém.
Eles foram participar da festa Páscoa. No dia de voltar, Jesus ficou em
Jerusalém, mas os seus pais não sabiam disto. Pensavam que ele estava na
caravana e viajaram um dia inteiro. Depois de procurá-lo na caravana, decidiram
voltar a Jerusalém. Três dias depois eles o encontraram no templo, entre os
doutores da Lei, ouvindo e fazendo perguntas. Maria disse:
T-
“Meu
filho, por que você fez isso? O seu pai e eu estávamos muito aflitos procurando
você”!
Acende
a 3º vela e o Canto
L-
A dor
sentida por Maria foi uma dor profunda por não saber onde seu filho havia
ficado perdido. As dores sentidas pelas mães de hoje também são profundas, pois
muitas vezes, os filhos vão se afundando nas drogas e chegam até mesmo a
perderem a vida.
Não pensemos que são somente as “drogas pesadas e
ilícitas” que levam à destruição da pessoa humana. Infelizmente muitas drogas
lícitas também semeam dor no coração das mães. É o caso do álcool que
atualmente é consumido em excesso por 18% da população adulta.
D-
Lembrando
o sofrimento de Maria ao sentir que seu filho estava perdido e vendo as
milhares de pessoas que sofrem por influência das drogas, rezemos a Deus para
que projetos de recuperação dos dependentes químicos possam ser levados a sério
por nossos representantes políticos, visto que isso também é difundir a saúde
sobre a terra.
·
Ave
Maria
4º
DOR – O ENCONTRO COM JESUS NO CAMINHO DO CALVÁRIO
D-
Jesus
caminha com a cruz às costas. Ele que veio ao mundo para trazer a vida em
plenitude para todas as pessoas. Ele que nos ensinou a amar e perdoar está
agora sendo condenado. Ele pega a sua cruz e caminha para o calvário. Mais uma
vez, Maria tinha saído à sua procura, mas desta vez a dor é maior. Ela se
aproxima e vê que é o seu filho que está sendo conduzido para o calvário. Ela
tenta se aproximar de Jesus e diz:
T-
“Meu
filho”!
D-
Jesus
levanta a cabeça, olha para a sua mãe e diz:
T-
“Minha
mãe”!
D-
Depois
dessas palavras, eles se olham em silêncio. E os soldados o empurram para
continuar a caminhada.
T-
Maria
guardava todas essas coisas, meditando sobre elas em seu coração.
Acende
a 4º vela e o Canto
L-
Maria,
mãe de Jesus, assume um papel fundamental dentro do projeto de Salvação
implantado por Deus Pai. Coube a ela criar, proteger, educar Cristo e vivenciar
com Ele o caminho do calvário.
A Campanha da Fraternidade vem nos convidar a
sermos como Maria, como Simão de Cirene na vida daqueles que necessitam de
nossa ajuda. Sim, o doente precisa de auxílio. Toda pessoa enferma precisa de
cuidados especiais. Maria sente em seu próprio peito
o sofrimento do Cordeiro de Deus e sofre imensamente com Ele.
Quantas
pessoas também estão sofrendo ao nosso redor sem atendimento hospitalar digno?
Sem ao menos poder contar com a fraternidade das pessoas que estão trabalhando
nas repartições públicas ligadas à saúde? O atendimento médico humanizado é o
desejo de todos!
D- Que
Maria, mãe do Cristo, nos auxilie nesta caminhada junto aos nossos irmão
enfermos para que sejamos paciente com as dores do próximo e que possamos
contribuir para amenizar o sofrimento diante das doenças.
·
Ave
Maria
5º
DOR – MARIA AOS PÉS DA CRUZ (Jo 19, 25-27)
D-
Do
alto do Calvário, Jesus é pregado na cruz. Sua mãe está ali de pé ao lado da
cruz. Uma espada de dor transpassa o seu coração, mas ela permanece firme,
Jesus olha para sua mãe e para o discípulo que a acompanha e diz:
T-
“Filho,
eis aí tua mãe. Mulher, eis aí teu filho”.
Acende
a 5º vela e o Canto
L-
Tamanha
dor dificilmente seria suportada por uma mãe ao ver seu filho sendo
crucificado. E ela ali permaneceu. Também estavam presentes outras três pessoas
que junto a Maria viam o imenso sofrimento de Cristo na Cruz. E da Cruz
ouviu-se a voz de Jesus entregando sua mãe ao discípulo amado. E não a entregou
como “uma” qualquer, mas sim lhe dizendo que deveriam ser como mãe e filho um
para o outro. Percebemos que diante do sofrimento o amor deve superar a dor.
Maria com certeza sofria muito naquela hora, mas
seu amor por Cristo era infinito; maior ainda era o amor de Cristo que se
entregou a esta morte de Cruz para a remissão dos nossos pecados.
Não precisamos ir longe para ver o sofrimento das
pessoas que estão enfermas. Basta olhar para o nosso lado, na nossa comunidade
o descaso do poder público com os enfermos que necessitam de médicos.
Estar junto ao enfermo é também lutar por melhoria
no sistema público de saúde. Ser solidário com aqueles que sofrem que estão
doentes, é missão de todo cristão que assume o grande mandamento do “amor ao
próximo”.
D-
Rezemos
a Nossa Senhora das Dores, pedindo a graça da perseverança na fé e humildade de
coração. Assim como Maria permaneceu perto da Cruz de seu
Filho, ela permanece ao lado de cada um dos que hoje sofrem sem o atendimento
digno nos postos de saúde, que possamos através do seu exemplo nos
sensibilizarmos com nossos irmãos que sofrem.
·
Ave
Maria
6º
DOR – A DESCIDA DE JESUS DA CRUZ (Mc 15, 42)
D-
Os
poucos amigos que acompanharam Jesus e Maria na caminhada para o Calvário,
retiraram o corpo de Jesus da cruz. E Maria o recebeu em seus braços. No corpo
de Jesus estão as marcas da violência: a cabeça ferida pela coroa de espinhos;
as mãos e os pés perfurados pelos pregos; ao lado do peito, o sinal da lança
que o espetou...
T-
Em
silêncio, Maria abraça o corpo de seu filho, e a dor igual a uma espada afiada
transpassa o seu coração.
Acende
a 6º vela e o Canto
L-
Chegou o
momento de lembrarmos-nos de Maria Santíssima como a Senhora da Piedade. Na sexta
dor de Maria a igreja nos convida a refletir sobre a retirada do corpo de
Cristo da Cruz.
Somos
convidados a imaginar o retrato da Senhora da Piedade que tem em seus braços o corpo de Cristo falecido. Maria Santíssima
suportou humildemente a dor de ver seu Filho sendo crucificado, permaneceu ali
próximo dele na Cruz e em seguida viu retirarem o corpo de Cristo sem vida
daquele madeiro. Também hoje muitas mães permanecem perto de seus filhos que
sofrem e choram por alívio das dores. Principalmente os mais pobres, sem
recursos financeiros para pagar médicos particulares, comprar remédios ou mesmo
o pão de cada dia.
Milhares de crianças
morrem por desnutrição e ali junto delas estão suas mães sem ter o que fazer.
D-
Que Nossa
Senhora da Piedade possa amparar, com carinho maternal, todas as mães que
sofrem a dor de ver o filho morto sobre o colo.
·
Ave
Maria
7º
DOR – O SEPULTAMENTO DE JESUS (Jo 19, 38-42)
D-
A
noite vinha chegando e precisavam organizar logo o sepultamento. José de
Arimatéia e Nicodemos envolveram o corpo de Jesus num lençol e o levaram para o
sepulcro.
T-
Os
amigos de Jesus e Maria acompanharam a pequena procissão do enterro.
Acende
a última vela e o Canto
L-
Hoje
nós recordamos as dores de Nossa Senhora. Aprendemos com Ela a confiar em Deus
e a ter esperança, pois a vida não termina no sepulcro, ela se plenifica na
Ressurreição.
Que Nossa Senhora nos ajude
a lutar para vencer as dificuldades do dia-a-dia, que Ela nos ensine a ter mais
sensibilidade diante do sofrimento de nossos irmãos, que nos ajude em nossos
trabalhos de Evangelização para que nosso povo adquira consciência de sua
própria dignidade e de sua condição de filhos de Deus, para que possamos buscar
juntos, as soluções para nossos problemas e nosso direito de uma sociedade justa.
D-
Rezemos
com Nossa Senhora das Dores, para que Ela não nos abandone e nos torne mais
conscientes para não só festejar a Páscoa, mas para que nós a vivamos
verdadeiramente em nosso dia-a-dia.
·
Ave
Maria